Com altas nos alimentos e saúde, prévia de inflação é de 0,43% em abril
ECONOMIA: Alimentação e bebidas foi a principal influência no IPCA-15, com alta de 32,67% nos preços do tomate
25/04/2025 11:32:33

Embora a inflação esteja diminuindo o ritmo, o preço dos alimentos continua sendo motivo de preocupação para o brasileiro. É o que mostra a prévia da inflação de abril, segundo dos divulgados nesta sexta-feira(25), pelo IBGE.
A prévia da inflação ficou em 0,43% em abril, 0,21 ponto percentual (p.p.) abaixo de março, quando registrou alta de 0,64%. O resultado foi influenciado, principalmente, pelos grupos de Alimentação e bebidas (1,14%) e Saúde e cuidados pessoais (0,96%). Juntos, os dois grupos respondem por 88% do índice do mês. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi divulgado hoje (25) pelo IBGE.
O acumulado no ano ficou em 2,43%, enquanto o acumulado em 12 meses foi de 5,49%. Em abril de 2024, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,21%.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram resultados positivos, com destaque para Alimentação e bebidas, com a maior variação (1,14%) e impacto (0,25 p.p.), e Saúde e cuidados pessoais (0,96% e 0,13 p.p.). A única variação negativa em abril foi no grupo Transportes (-0,44% e -0,09 p.p.).
A alimentação no domicílio acelerou de 1,25% em março para 1,29% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (32,67%), do café moído (6,73%) e do leite longa vida (2,44%). Já a alimentação fora do domicílio (0,77%) acelerou em relação ao mês de março (0,66%) em virtude da alta do lanche (1,23%) e da refeição (0,50%).
Além de Alimentação e bebidas, o grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,96% e 0,13 p.p.) também exerceu forte influência no índice geral, com a contribuição dos itens higiene pessoal (1,51%), produtos farmacêuticos (1,04%), após a autorização do reajuste de até 5,09% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março, e plano de saúde (0,57%).
Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Fonte da pesquisa: agenciadenoticias.ibge.gov.br