ECONOMIA | Governo confirma sistema de meta contínua de inflação. Entenda o que muda
Com a nova sistemática, o cumprimento da meta passa a ser apurado com base na inflação acumulada em 12 meses em um índice de inflação definido pelo CMN.
26/06/2024 15:12
- Aroni Fagundes
BRASÍLIA DF | O governo publicou nesta
quarta-feira (26/06) o decreto que altera o regime de metas de inflação, de apuração de
ano-calendário para o regime contínuo. O novo sistema entrará em vigor a partir
de 1º de janeiro de 2025, com centro do alvo e o intervalo de tolerância
definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Com a nova sistemática,
o cumprimento da meta passa a ser apurado com base na inflação acumulada em 12 meses em um índice de inflação definido pelo CMN. Será
considerado que a meta foi descumprida quando a taxa desviar-se por seis meses
consecutivos do intervalo de tolerância. Atualmente, considera-se para o
cumprimento apenas a inflação acumulada no ano-calendário.
A partir do ano que vem,
o Banco Central terá de divulgar, até o último dia útil de cada trimestre civil, o Relatório de Política
Monetária, que trará o desempenho da inflação, os resultados das decisões
passadas de política monetária e a avaliação prospectiva para a trajetória de
preços.
O centro da meta e
o intervalo de tolerância poderão ser alterados pelo CMN, com base em uma
proposta do ministro da Fazenda, com antecedência de mínimo 36 meses
para a sua aplicação.
A alteração do
regime em vigor desde 1999 foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, há exatamente um ano, após o Conselho Monetário Nacional (CMN)
estabelecer a meta de 3,00% para 2026.
No entanto, era necessária a publicação
do decreto para formalizar a mudança. Caso contrário, o CMN precisaria definir
nesta quarta-feira, 26, a meta anual para 2027. Com conteúdo do portal de
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