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ECONOMIA | Efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul agrava crise leiteira no Estado

Produção vem caindo com abandono da atividade por causa da alta nos custos

ECONOMIA | Efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul agrava crise leiteira  no Estado
Os prejuízos com as inundações devem ser o ponto final da atuação de muitos criadores de gado leiteiro | Foto:CanvaPRO

  • Edição:Aroni Fagundes

PORTO ALEGRE RS  |  As enchentes acentuaram os problemas que já têm feito encolher o número de famílias que se dedicam à produção de leite no Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, os baixos preços - consequência, em parte, do crescimento das importações de lácteos -, o aumento dos custos de produção e as secas registradas levaram milhares de criadores de gado de leite a abandonar a atividade. Os prejuízos com as inundações devem ser o ponto final da atuação de muitos produtores que continuavam no segmento.


A pecuária leiteira no país tem sofrido aperto de margens por aumento de custos. O quadro é particularmente grave no Rio Grande do Sul, que, antes das chuvas de 2024, enfrentou severa estiagem por três anos seguidos.


Em 2015, segundo a Associação Riograndense Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS), 84 mil propriedades rurais destinavam leite à industrialização no Estado.

Em 2023, eram apenas 33 mil. No intervalo, o número de vacas leiteiras no Estado diminuiu 34%, para 770 mil animais, e a produção anual de leite caiu quase 9%, para 3,8 bilhões de litros.

Segundo a Emater-RS, os criadores gaúchos de gado leiteiro perderam 2.451 cabeças. Muitos sofreram danos em infraestrutura essencial para a produção, como galpões, ordenhadeiras, tanques e as próprias pastagens. As informações são portal de notícias globorural.globo.com