ALIMENTAÇÃO | Na Argentina, o consumo de carne é o menor em 100 anos, aponta relatório da Bolsa de Comércio de Rosário

O governo de Javier Milei fez ajustes profundos nas contas públicas, ocasionado a desaceleração da inflação. No entanto, as medidas ainda não melhoraram a renda da população.

• Edição  | Aroni Fagundes

ARGENTINA  |  A recessão na Argentina e a inflação no país, que atingiu 289,4% em 12 meses até maio, levaram a população a reduzir o consumo de carne bovina ao menor nível em mais de 100 anos. De acordo com relatório da Bolsa de Comércio de Rosário, o consumo médio de carne bovina na Argentina por habitante deverá ser de 44,8 quilos neste ano, o menor índice desde 1920.

O volume é bem inferior à média histórica de consumo per capita, de 72,9 quilos por ano. Somadas as carnes bovina, de aves e suína, o consumo per capita pode ser de 105,7 quilos por habitante em 2024, o que representará uma queda de 7 quilos em relação à média dos últimos dez anos, de 112,8 quilos.

O relatório mostra que, nas últimas décadas, o consumo de carne bovina no país diminuiu, sendo parcialmente substituído pelo consumo de carne de frango. Mas, neste ano, a queda se acentuou, e a carne bovina passou a responder por 42% do consumo médio de carnes por habitante; em 2023, a média foi de 45,5%.

A substituição da carne bovina é consequência, principalmente, do preço do produto, superior ao das carnes de frango e suína. A redução no consumo é também resultado da crise econômica da Argentina. 
As informações são do Portal de notícias globorural (08072024)