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Em 2023, trabalho infantil volta a cair e chega ao menor nível da série, diz IBGE

PNAD/IBGE - Mais de 48% das crianças e adolescentes em trabalho infantil estavam no Comércio (26,7%) ou na Agricultura (21,6%)

Em 2023, trabalho infantil volta a cair e chega ao menor nível da série, diz IBGE
Pesquisa Trabalho Infantil no Brasil | Foto: CanvaPRO

O Brasil tinha 1,607 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil em 2023, o menor contingente desde 2016, quando teve início a série histórica da PNAD Contínua para esse indicador. Esse contingente caiu 14,6% frente a 2022 (1,881 milhão) e 23,9% frente a 2016 (2,112 milhões).


O maior contingente de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil estava no Nordeste (506 mil) mas a maior proporção estava na Região Norte, onde 6,9% das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos estavam em situação de trabalho infantil.


Quase dois terços (65,2%) das crianças e adolescentes em trabalho infantil eram pretas ou par-das. Esse percentual superava a participação deste grupo de cor ou raça na população do país de 5 a 17 anos de idade (59,3%).


O trabalho infantil afasta as crianças da escola. Enquanto 97,5% da população de 5 a 17 anos de idade eram estudantes, entre os trabalhadores infantis esta taxa era de 88,4%.
Em 2023, o Brasil tinha 586 mil crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade exercendo as piores formas de trabalho infantil, que envolviam risco de acidentes ou eram prejudiciais à saúde e estão descritas na Lista TIP. Esse contingente foi o menor da série histórica e teve uma redução de 22,5% frente a 2022, quando 756 mil crianças e adolescentes do país estavam nessa situação.


Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é aquele que é perigoso e prejudicial à saúde e ao desenvolvimento mental, físico, social ou moral


Mais sobre a pesquisa | A PNAD Contínua Trabalho de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos de idade capta informações sobre atividades econômicas e produção para o próprio consumo, além de atividades escolares e afazeres domésticos e cuidado de pessoas realizados por esse grupo etário. Também há informações sobre crianças e adolescentes que exercem ocupações na Lista das Piores Formas de Trabalho (Lista TIP). A abrangência da pesquisa é nacional, com algumas desagregações por grandes regiões.
 
Fonte da Informação | Agência de notícias IBGE(18.10.2024)
Edição: Aroni Fagundes